Expectativa é de recorde na produção nacional, chegando a um volume de 7,5 milhões de toneladas, segundo a Conab.
Desde o começo do ano, a seca vem causando prejuízos no campo. Apesar disso, em São Paulo e no Paraná, onde muitos produtores de trigo já estão colhendo, a falta de chuva ajudou a manter a qualidade do produto. Neste ano, a expectativa é de recorde na produção, chegando a um volume de 7,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O crescimento pelo segundo ano consecutivo acontece também pela diminuição das importações do produto argentino. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cooperativa Agroindustrial (Capal) Humberto Barreto Dalcin, a seca não atrapalhou. Ele presta assessoria para 1.800 produtores de São Paulo e do Paraná. Nos dois Estados, o rendimento deve crescer cerca de 15% em comparação ao ano passado.
Em uma propriedade de Itapetininga, a expectativa é de que sejam retiradas 65 sacas por hectare, 10 mais do que o último ano.
– Tivemos uma safra muito boa em termos de temperatura. As poucas chuvas que foram exatamente em época de germinação, perfilhamento, maturação e enchimento de grãos – diz o produtor Hiroyuki Oi.
O produtor conta que, apesar do aumento da produção, o custo dos insumos também dobrou. Ele destaca que o preço de R$ 500 por tonelada pago ao produtor não é o ideal e o jeito vai ser torcer para que o tempo continue ajudando.